CONCORDÂNCIA VERBAL

O que é Concordância Verbal?

A concordância verbal é um dos princípios fundamentais da gramática na língua portuguesa. Refere-se à harmonia que deve existir entre o sujeito e o verbo em uma frase, onde o verbo deve ser conjugado de acordo com o número e a pessoa do sujeito. Essa concordância é essencial para garantir clareza e coesão na comunicação escrita e falada. A sua correta aplicação não apenas enriquece o discurso, mas também evita ambiguidade, tornando a mensagem transmitida mais precisa.

As regras básicas da concordância verbal são relativamente simples, mas sua aplicação pode variar dependendo do contexto. Em geral, o verbo deve concordar com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira pessoa). Por exemplo, no caso da frase “Os meninos jogam futebol”, o verbo “jogam” está no plural, coexistindo com o sujeito “meninos”, que também está no plural. Por outro lado, em “A menina joga futebol”, “joga” está no singular, alinhando-se com “menina”.

Além das regras gerais de concordância, existem algumas situações que exigem atenção especial. Um exemplo disso é o uso de locuções verbais, onde a concordância se dá normalmente em relação ao auxiliar, e não ao verbo principal. Por exemplo, na frase “Ele tem estudado bastante”, o verbo auxiliar “tem” se adapta ao sujeito singular, embora o verbo “estudado” não sofra alteração. Também é importante destacar que, em casos de sujeitos compostos, o verbo pode ser utilizado no plural, como em “Maria e João foram ao cinema”, ou no singular, quando o foco está em um único elemento, como em “A maioria dos alunos gosta de estudar”.

Portanto, a concordância verbal desempenha um papel significativo na construção das frases, assegurando que a comunicação seja efetiva e compreensível. O domínio dessas regras melhora a escrita e a fala, contribuindo para uma utilizacão mais rica e precisa da língua portuguesa.

Regras da Concordância Verbal

A concordância verbal é uma das bases da gramática portuguesa, essencial para garantir a correção e clareza na comunicação. As regras primordiais dessa concordância estabelecem que o verbo deve concordar com o sujeito em número e pessoa. Se o sujeito estiver no singular, o verbo também deverá ser conjugado no singular. Por exemplo, “A criança corre” é uma construção correta, pois ambos os elementos estão no singular. Por outro lado, em uma frase como “As crianças correm”, há uma concordância em número, visto que tanto o sujeito quanto o verbo estão no plural.

Um dos desafios da concordância verbal aparece com os sujeitos compostos. Quando dois ou mais sujeitos estão unidos por “e”, o verbo deve ser utilizado no plural. No entanto, há exceções. Por exemplo: “A professora e o aluno está presente” está incorreto. O correto é “A professora e o aluno estão presentes”. Por outro lado, se um dos sujeitos for considerado singular em relação a ação, o verbo pode permanecer no singular, como na frase “A TV e o rádio são importantes para a comunicação”. Portanto, a regra geralmente aplicada deve ser acompanhada de cuidado quanto ao contexto.

Além disso, as expressões que indicam quantidade, como “mais de um” ou “na maioria”, também afetam a concordância verbal. Em frases como “Mais de um aluno faltou”, o verbo “faltou” permanece no singular, mesmo que uma pluralidade seja implícita. A gramática, portanto, apresenta dificuldades que exigem atenção e conhecimento das particularidades de cada caso. Exemplos e exceções tornam-se ferramentas valiosas para a prática da concordância verbal eficaz, aprimorando a escrita e fala, fundamentais no uso da língua portuguesa.

Erros Comuns na Concordância Verbal

A concordância verbal é um assunto crucial para a correta construção de frases em português, e não é raro que surjam erros que comprometem a clareza e a precisão das comunicações. Um dos erros mais comuns ocorre quando o sujeito é composto. Por exemplo, na frase “Maria e João vão ao mercado”, a forma correta é “vão” pois refere-se a dois sujeitos. Entretanto, é comum ouvir expressões como “Maria e João vai ao mercado”, o que está incorreto. Este erro se dá pela concepção equivocada de que o núcleo do sujeito singular prevalece, ignorando que, neste caso, a concordância deve ser feita no plural.

Outro erro freqüente envolve o uso de expressões que indicam um tempo que não deve refletir o número do sujeito. Por exemplo, é comum ouvir frases como “Fazem cinco anos que não nos vemos” em vez de “Faz cinco anos que não nos vemos”. Aqui, o verbo “fazer” deve ser utilizado no singular, uma vez que o sentido da frase se refere a um período de tempo que passou e não ao número de anos que, por sua vez, é apenas um indicativo.

Adicionalmente, pessoas frequentemente falham ao concordar o verbo com o sujeito em construções que incluem uma locução ou expressões negativas. Um exemplo típico é “Ninguém sabem a resposta”, quando a construção correta deveria ser “Ninguém sabe a resposta”. O sujeito “ninguém”, apesar de referir-se a uma pluralidade de indivíduos em compreensão, é singular e requer o verbo correspondente na forma singular.

Por fim, cabe mencionar que a linguagem cotidiana também pode influenciar esses erros, uma vez que, em um esforço para soar mais coloquial, alguns falantes ignoram as regras formais da concordância verbal. A consciência sobre essas armadilhas linguísticas é fundamental para a melhoria da comunicação escrita e falada, aumentando a eficácia da interação diária.

 

 

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